segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Exposição Religare - 2017

Na abertura da exposição
















Enfim começamos 2018! Que tenha artes, fotografia e experiências para compartilhar!

No fim de 2017 tudo aconteceu muito rápido. Finalizei a minha dissertação de mestrado, realizei a defesa e a exposição, que foi a primeira individual desse porte, e durou poucos dias; nem consegui um tempo para escrever aqui! A exposição aconteceu entre os dias 6 e 8 de Dezembro, na Galeria do Instituto de Artes da Unesp. Agora gostaria de mostrar um pouco para quem não pôde ver pessoalmente.

Religare é uma expressão em latim que significa “religar”, “reunir o que foi separado”. O trabalho aqui desenvolvido traz a poética de buscar reunir a pessoa fragmentada, que vive em um ritmo frenético de trabalho e informações cada vez mais onipresentes, com as tecnologias digitais. Sem tempo de silenciar a mente, sem tempo de se conectar a si mesmo e ao momento presente.

A Série Religare enfoca a busca por uma introspecção, pela ancestralidade e pelo sagrado, com a produção artesanal de imagens e o enfoque no corpo. Algumas imagens fazem alusão a posturas de Yoga — arte milenar praticada pela artista há alguns anos, e que tem por objetivo reunir corpo, mente e espírito. O corpo, instrumento da ação humana, traz a intenção de estar presente na ação, sem se preocupar com o futuro ou remoer o passado.

A série apresenta a própria artista como modelo com o corpo coberto por grafismos, releitura de pinturas corporais indígenas. A produção é híbrida, unindo a captação digital das imagens a processos artesanais: o desenho sobre o corpo e a revelação com o processo fotográfico goma bicromatada.

As imagens se propõe a deter o olhar. Esse pode ser um começo para que o fruidor cesse um pouco os pensamentos sobre outros tempos, pessoas e lugares, e preste atenção no que está diante de seus olhos.

Além das imagens produzidas da série Religare — que continua em desenvolvimento — a exposição também apresenta o seu processo, que reúne técnicas antigas e novas. São expostos os negativos digitais, alguns materiais e imagens de processo, bem como o “diário de bordo” da revelação das imagens

Também foram expostas as séries Serpente (2009) e Serpente em Madeira (2015).


Religare I a V














Religare X a XII

Religare I a IV.



Módulo com materiais e imagens do processo

À frente, negativos digitais usados no processo. Ao fundo, testes de revelação.

Ao fundo, série Serpente sobre Madeira. À direita, série Serpente.

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